sábado, 21 de junho de 2014

EMPRESAS QUE VIVEM NO MUNDO DE POLYANA.


Conheço algumas empresas que vivem no mundo de Polyana, fazendo o jogo do contente com seus colaboradores. Desde a sua presidência até os gerentes mais capatazes, o jogo vale pra todos.

Muitas regras, muitas normas, muitas cobranças, muitos urros bem altos que muitas vezes se transformam em pequenos miadinhos quase que inaudíveis dependendo da situação. Está tudo sempre funcionando bem, ajustado, do jeito que deve ser. Lógico num mundo imaginário, onde algumas vezes devem passar uma aparência momentânea de que tudo está bem e funcionando como planejado.

Sacam exemplos de funcionários ou representantes que atingiram cotas astronômicas por conta de ações positivas que na verdade nunca aconteceram e essa pessoa nem está com a saúde financeira boa. Do tipo aquelas coisas de correntes ou multinível. Quem está de fora até se motiva, tenta, mas logo vê que aquele discurso não é colocado na prática. Os mais espertos chegam a maquinar ou pensar... De que empresa estão falando? Apresente-me esse gerente, pois não é esse que eu conheço.

O grande problema dessas fantásticas empresas do maravilhoso mundo de Bobby é achar que as pessoas são bobas e fáceis de manipular, algumas chegam a dar preferência para aqueles com menos cultura, pois desta forma colocamos ele no “jeitinho” que a empresa quer.

Aqui você não é pago para pensar! Alguém já ouviu isso? Bom se nem pensar o colaborador pode, com certeza cairá numa zona de conforto até entender o que pode fazer então, e se ninguém mostra o que ele deve fazer? É o que normalmente acontece, baixa produtividade, insatisfação, reclamação e tal.

Mas no dia do aniversário de um gerente que é uma mala, todos ficam felizes e colocam em prática o jogo do contente, afinal de contas têm um bolo, salgadinhos, refrigerantes e o melhor de tudo pelo menos duas horas fora do setor, sem trabalhar. Terminada a comemoração, tudo volta ao normal, tem aqueles que nem comem o bolo achando que está amaldiçoado. E volta a rotina.

Se a empresa não vai atingir os seus resultados  não conseguem entender que seus colaboradores não estão empenhados, não tem treinamentos ou nem estão ligando para o resultado, recebem salário fixo é certo mesmo no fim do mês. Ao invés disso utilizam algum tipo de artifício que a faculdade de contabilidade não ensina para mexer num verdadeiro xeque mate com os números, e ai o resultado aparece.

Algum alienígena pode chegar e dizer: "Mas se melhoramos o nosso telemarketing, as nossas entregas, nossa equipe de vendas, nosso setor administrativo, treinando nosso pessoal não seria melhor?

Com certeza a resposta será: “Cara, hoje é aniversário da responsável pelo RH, como é mesmo o nome dela? Vamos lá comer bolo...

Se você conhece empresas assim, ou se trabalha em alguma dessa, comece a rever os seus conceitos.

Câmbio Final
Pense nisso

Roberto Lopes


2 comentários:

  1. Perfeito... Sei que muitos já passaram por empresas assim, e alguns ainda estão, o pior é pensar que muitos "Alienígenas" acabam sendo desencorajados e muitos talentos são perdidos!!

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  2. Sem palavras, como me identifiquei com este texto.
    Só faltou dar nomes.
    Parabéns.

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