Conheço algumas empresas que vivem no mundo de Polyana,
fazendo o jogo do contente com seus colaboradores. Desde a sua presidência até
os gerentes mais capatazes, o jogo vale pra todos.
Muitas regras, muitas normas, muitas cobranças, muitos urros
bem altos que muitas vezes se transformam em pequenos miadinhos quase que
inaudíveis dependendo da situação. Está tudo sempre funcionando bem, ajustado,
do jeito que deve ser. Lógico num mundo imaginário, onde algumas vezes devem
passar uma aparência momentânea de que tudo está bem e funcionando como
planejado.
Sacam exemplos de funcionários ou representantes que
atingiram cotas astronômicas por conta de ações positivas que na verdade nunca
aconteceram e essa pessoa nem está com a saúde financeira boa. Do tipo aquelas
coisas de correntes ou multinível. Quem está de fora até se motiva, tenta, mas logo
vê que aquele discurso não é colocado na prática. Os mais espertos chegam a
maquinar ou pensar... De que empresa estão falando? Apresente-me esse gerente,
pois não é esse que eu conheço.
O grande problema dessas fantásticas empresas do maravilhoso
mundo de Bobby é achar que as pessoas são bobas e fáceis de manipular, algumas
chegam a dar preferência para aqueles com menos cultura, pois desta forma
colocamos ele no “jeitinho” que a empresa quer.
Aqui você não é pago para pensar! Alguém já ouviu isso? Bom
se nem pensar o colaborador pode, com certeza cairá numa zona de conforto até
entender o que pode fazer então, e se ninguém mostra o que ele deve fazer? É
o que normalmente acontece, baixa produtividade, insatisfação, reclamação e
tal.
Mas no dia do aniversário de um gerente que é uma mala, todos
ficam felizes e colocam em prática o jogo do contente, afinal de contas têm um
bolo, salgadinhos, refrigerantes e o melhor de tudo pelo menos duas horas fora
do setor, sem trabalhar. Terminada a comemoração, tudo volta ao normal, tem
aqueles que nem comem o bolo achando que está amaldiçoado. E volta a rotina.
Se a empresa não vai atingir os seus resultados não conseguem
entender que seus colaboradores não estão empenhados, não tem treinamentos ou nem estão ligando para o resultado, recebem salário fixo é certo mesmo no fim do mês. Ao invés
disso utilizam algum tipo de artifício que a faculdade de contabilidade não
ensina para mexer num verdadeiro xeque mate com os números, e ai o resultado
aparece.
Algum alienígena pode chegar e dizer: "Mas se melhoramos o
nosso telemarketing, as nossas entregas, nossa equipe de vendas, nosso setor
administrativo, treinando nosso pessoal não seria melhor?
Com certeza a resposta será: “Cara, hoje é aniversário da
responsável pelo RH, como é mesmo o nome dela? Vamos lá comer bolo...
Se você conhece empresas assim, ou se trabalha em alguma
dessa, comece a rever os seus conceitos.
Câmbio Final
Pense nisso
Roberto Lopes
Perfeito... Sei que muitos já passaram por empresas assim, e alguns ainda estão, o pior é pensar que muitos "Alienígenas" acabam sendo desencorajados e muitos talentos são perdidos!!
ResponderExcluirSem palavras, como me identifiquei com este texto.
ResponderExcluirSó faltou dar nomes.
Parabéns.