sábado, 18 de dezembro de 2010

Festa da firma : A vítima pode ser você


Estamos na temporada anual da festa da firma : Aquela reunião meio social , meio profissional, em parte confraternização e em parte obrigação, que muitos escritórios, departamentos, empresas, escolas e outras agremiações profissionais costumam promover para celebrar o final do ano ou o Natal.
Há quem adore e há quem odeie. Algumas são criativas e divertidas, outras são uma coleção de clichês (amigo secreto, dinâmicas disfarçadas de entretenimento, discursos variados…) às quais boa parte do público aparece por se sentir obrigado.
Não há como definir uma regra geral sobre como se comportar nesse tipo de “festinha”, mas há duas recomendações essenciais:
  1. Esteja presente (ainda que saia mais cedo, ou que procure um canto discreto)
  2. Evite os excessos
Excessos são um ingrediente comum das festas memoráveis, mas geralmente as festividades promovidas pelo local em que as pessoas trabalham não são o melhor local para realmente extravasar: uma dose extra de moderação e bom-senso, que não precisariam estar presentes em uma festa dos amigos da faculdade ou mesmo em família, é mais do que bem-vinda.
E a razão é simples: você vai precisar conviver profissionalmente com todas aquelas pessoas já no expediente seguinte. Assim, aquele passo de dança que lhe parece tão engraçado, a piada “incomum” dita no microfone, a confissão feita à colega de trabalho (que você não faria durante o expediente) ou o copo de bebida a mais podem ter conseqüências bem mais profundas e duradouras do que se acontecessem em uma festa entre amigos que não trabalham juntos!
A consequência disso é que não necessariamente as festas com a turma do escritório, ou do laboratório, precisam ser as mais memoráveis e divertidas do ano, e certamente não são a ocasião certa para compensar nada que tenha ocorrido durante o ano ;-) e nem para ser a pessoa mais comentada no expediente seguinte…



Se no seu ambiente de trabalho todo mundo é amigo e nada disso é problema, fique à vontade para agir de acordo: pintar e bordar. Mas se você não pensava isso sobre o seu ambiente de trabalho antes de a festa começar, e chegar a essa conclusão só depois de já estar “na pilha” durante a festa, cuidado!
Ficam, portanto, algumas dicas para levar em conta antes de a festa começar, e evitar receber uma “fama” que, como um carimbo na testa, marcará você por bastante tempo no escritório depois que a ressaca passar:
  • Mantenha-se consciente: atento a si mesmo e ao seu ambiente. Suficientemente sóbrio. Capaz de tomar boas decisões.
     
  • Nada de surtos de sinceridade: se você se manteve discreto sobre determinado assunto durante o ano todo, não é essa a hora de querer trazê-lo à baila, confessando algo ou tirando satisfações.
     
  • Divirta-se também: outras pessoas ao seu redor estarão menos conscientes das restrições ambientais da “festa da firma”, ou mais profundamente afetadas por elas. Depois que você estiver consciente do seu limite, encontre uma forma de aproveitar a festa melhor do que ambos os grupos acima ;-)
      
  • Chegue na hora: nem cedo demais, nem tarde demais. Especialmente se a “festa” tiver atividades programadas (discurso do chefe, amigo secreto, etc.), e você acabar sendo responsabilizado por atrasos no cronograma.
     
  • Compareça: muita gente não gosta do clima da “festa da firma”, mas geralmente trata-se de uma ocasião importante no calendário corporativo. Estar presente tem seu significado. Mas não há problema em sair bem antes de a festa terminar – de fato, pode ser até uma boa tática para evitar as armadilhas típicas de fim de festa (que em festas não-corporativas podem ser bem divertidas).
     
  • O cantinho é menos inviolável do que parece: se você pensou em fazer algo que não deseja que os outros não vejam, a “festa da firma” não é o lugar – inclusive porque a cultura corporativa frequentemente é avessa à noção de privacidade entre os colegas. Se não der para deixar para outro dia, vá ser discreto em outro lugar, e não volte para a festa depois achando que ninguém vai perceber!
      
  • Sem revoluções no traje: ir um pouco menos formal do que no dia-a-dia de trabalho é aceitável, mas evite exageros: a não ser que a ocasião justifique (exemplo: festa na praia), não é uma ocasião para finalmente tirar a gravata e ir de bermuda e regata.
     
  • Convidados de fora: só leve alguém com você se a ocasião explicitamente permitir.
     
  • Educação não é opcional: uma festa pode exigir menos ou mais formalidade, mas o nível de educação não varia.
  • Consuma com moderação: vale tanto para a bebida quanto para a comida: devagar se vai ao longe. Não seja o cara para quem vão apontar por estar indo pela quinta vez ao buffet, por fazer um prato digno de um alentado bandejão voltado aos operários da construção civil, ou por não conseguir mais andar em linha reta.
     
  • Não sabote a festa: não seja o responsável por iniciar o movimento “isso aqui está chato, vamos pro barzinho da esquina”. Ir em um grupo seleto para uma continuação da festa em um ambiente menos hostil pode ser uma grande ideia, mas não pode ser implementada cedo demais.
  • Cuidado com os pedidos de desculpa no dia seguinte: se você fizer algo de que se envergonhe, avalie bem se foi uma catástrofe que exige mesmo ser mencionada no expediente seguinte em um pedido de desculpas, ou se foi algo sem importância, de que ninguém mais vai lembrar, e que não precisa ser mencionado para – aí sim – ser relembrado pelos demais, ganhando uma importância que originalmente não tinha.
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 Agradecimento ao blog efetividade.net
 e Augusto Campos pelo texto .

Fiquem ligados !

Roberto Lopes
Palestrante e Treinador

Um comentário:

  1. Mas Beto, se esses camaradas não fizerem isso que graça vai ter a festa.
    O bom da festa é o que a gente guarda na memória pra "zuar" depois.

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