segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

LABORATÓRIO DE NATAL.



Uma vez li uma entrevista que um empresário comentava sobre a dificuldade de mão de obra especializada, na mesma matéria alguns trabalhadores descreviam a dificuldade de conseguir um bom emprego. Esse colapso acaba gerando uma necessidade imediatista para ambos e o que vemos são contratações descabidas para preencher uma vaga ou tapar um buraco e para o trabalhador um quebra galho até que apareça algo melhor. No varejo isso fica muito claro, a falta de preparo, treinamento e de comprometimento dos “gerentes” e “vendedores”, que precisamos enfrentar e nosso dia a dia.


No período de Natal existe uma grande oportunidade de emprego denominada “extra natal”, onde se o funcionário contratado para esse pequeno espaço de tempo demonstrar um bom desempenho e comprometimento ele poderá ser efetivado, é uma condição de um primeiro emprego já que na maioria das vezes não é exigido experiência, então o candidato pode ter a sua primeira experiência. Se o candidato encarar como uma oportunidade, vai ser ótimo, mas se encarar apenas como um “esqueminha” para levantar um “qualquer” para o natal, então será um desastre.


O que temos visto são vários desastres no varejo, em grandes magazines e em lojas menores. Parece uma grande obrigação ou até mesmo uma escravidão trabalhar em uma loja.


Nesta semana de Natal estive em algumas lojas fazendo o meu laboratório anual de qualidade de atendimento e pude avaliar que está declinando a cada ano. Esse ano tentei comprar um celular, visitei várias lojas desde grandes redes, pontos exclusivos e pequenas lojas especializadas, confesso que cansei de tentar. A falta de atenção e respeito com o consumidor é algo absurdo, na verdade o povo brasileiro é consumista ao extremo e atura algumas mazelas, pois “precisam” possuir aquele produto. 

Na minha experiência vi de tudo desprezo, falta de atenção, falta de preparo, falta de educação, ignorância, falta de relacionamento interpessoal, falta de técnica, falta de postura, falta de boa aparência e falta de atendimento, pois na verdade eu mal conseguia pegar o produto, muito menos ver ligado,como sou altamente visual ficaria difícil comprar algo que não pudesse ver funcionando,concorda?


Todas as respostas eram unanimes, “Tá sem bateria não dá para ligar!” Quando eu perguntava: “Concorda comigo que fica difícil comprar algo que não posso ver funcionar?” A resposta era mais ou menos essa: “Fazer o que moço é tudo assim mesmo!”, como eu precisava provocar uma reação continuava insistindo:” Tem como pegar uma bateria para eu ver funcionando?” e a resposta adivinhe? “Não, não tem não.”

Uau! Três nãos de uma vez? Realmente ela está me chutando da loja, e eu parti para outra tentativa. Ou seja, se eu realmente estivesse precisando comprar um celular eu desistiria e ficaria como o meu velhinho mesmo, ou quem sabe depois do natal, que a maré baixar, se eu ainda tiver dinheiro e não gastar com outra coisa, pode ser que eu volte, mas não nessas lojas tentarei em outras que não fui quem sabe não teria um pouco mais de atenção como consumidor.


Deixo a conclusão do meu laboratório de natal esse ano com uma frase de Sam Walton (Fundador do Wal-Mart, a maior rede de varejo do mundo): “CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR”.


Atenção na hora de recrutar, selecionar e admitir, pois se você contrata errado é fato que vai dar tudo errado.


Um forte abraço e Sucesso Total!

Palestrante Roberto Lopes